Perguntaram-me o que eu penso sobre o salário de vereador fosse diminuído para um salário mínimo. Respondi que, por mim, tá amarrado. A façanha é polêmica, mas há quem concorde com meu posicionamento. Vão dizer que é populismo. Mas... pensando bem, é uma baita economia, não acham?
Primeiramente eu concordo porque eu passei a vida toda exercendo algumas funções gratuitamente. Por exemplo, ser líder de classe. Isso é gratuito, não recebemos nada em troca, exceto auxiliar o professor e organizar os colegas em torno dos interesses da turma. De igual modo, a ocupação de membro de associação de bairro, função que exerci, também é sem remuneração. Até membro do meu sindicato também conta como uma atividade sem ganho algum que, se ocupar tal cargo com licença sindical, acaba é tendo o salário de professor diminuído porque sindicalista afastado para o exercício da labuta sindical só pode receber 100 horas. Pense nos inúmeros conselhos que fiz parte, como Conselho do Fundeb ou Conselho de Saúde. Horas e horas de reunião sem pagamento algum, exceto ver o bem estar dos cidadãos.
Em segundo lugar, poria de fora todos os que apenas se interessam pelo cargo porque este remunera bem. Se fosse realmente interesse em ajudar o coletivo, estaria representando os munícipes nos inúmeros órgãos de controle social aí existente, por onde passam volumosos recursos, tais como conselho escolar, conselho de merenda escolar e ninguém se atreve, mas quando oferece dinheiro, aí tem muitos candidatos se propondo.
O candidato, por exemplo, não teria como justificar, após eleito, um apartamento em Belém no valor de 200 mil reais, um carro no valor de 60 mil reais, casa no padrão FIFA, pose de ricão, festas glamourosas e outras luxúrias que ofendem a miséria de um povo sem emprego e faminto.
O candidato, por exemplo, não teria como justificar, após eleito, um apartamento em Belém no valor de 200 mil reais, um carro no valor de 60 mil reais, casa no padrão FIFA, pose de ricão, festas glamourosas e outras luxúrias que ofendem a miséria de um povo sem emprego e faminto.
O assunto é polêmico e é bom polemizar, ao contrário das elites que não gostam de polemizar, porque comem em silêncio os produtos subtraídos dos mais necessitados.
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