Bem antes de eu sequer pensar em ser candidato sempre mostrei interesses nos momentos e circunstâncias em que estive envolvido. Foi assim quando pela primeira vez assumi a função de líder de classe, ou quando me embrenhei na construção de um grêmio estudantil, participando ativamente dos momentos da minha vida estudantil, até o momento em que as atividades ultrapassaram os limites do muro da escola.
De repente estava participando de um grupo de teatro e de um centro de educação ambiental, para logo em seguida estar em meio à constituição de um grupo político, resultando na fundação de um partido e outro. Já havia a compreensão de que os setores que proporcionam mudanças estão nas esferas dos poderes constituídos também. Mas nunca ousei pensar em ser candidato. Essa atração por estar no centro das decisões, não por vaidade, mas por interesse nas questões que movem a sociedade, fez com que eu me envolvesse em órgãos de controle social. Assim, estive presente no Conselho do Fundeb, Conselho de Saúde, várias comissões e até membro do meu sindicato de educação.
Depois de vários enfrentamentos contra os ditadores do poder, eu me surpreendi com a proposta de me lançar candidato. Até pensei em como eu nunca tinha chegado a tal conclusão. Mas aí chegou um momento em que finalmente aceitei o desafio. Isso fez com que eu entrasse a noite pensando como seria minha atuação. Não queria uma atuação medíocre como estar se preocupando somente com a troca de uma lâmpada do poste das ruas ou cantando parabens na tribuna da Câmara, como já vi tantas vezes, ou mesmo mandando entregar uma carrada de terra, de areia ou uma dentadura ou furtando remédios da Farmácia Central para alimentar uma cadeia de vereança mantida sob a tutela do assistencialismo. Não podia ser assim tão primário. Algo tinha que ser proposto.
O passo seguinte foi observar os inúmeros relatórios das Conferências Municipais tanto da educação, saúde e outros setores da vida municipal. No entanto, não me restringi a somente esses resumos da dor do povo, mas da minha própria percepção da realidade, dando minha própria interpretação. Desta forma, abordei os principais focos que atazanam a vida de cada cidadão e cidadã de meu município, que é demais grande, superando até Portugal em extensão territorial. Colhi os maiores ensinamentos e, na madrugada, cheguei à conclusão de que o maior problema, árvore geratriz de todos os males é a economia fragilizada. Diante dessa realidade, outros homens da sociedade até chegaram perto de tal conclusão, mas a ações sempre foram pontuais e desconectadas.
De sorte que, numa noite cheguei ao ápice da decisão, apontando como bandeira de minha candidatura o Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal, que tenho levado a todos os que puderam me ouvir, ler e debater o assunto como uma forma de dar solução e encaminhamento rumo a um reordenamento de uma frágil economia,que põe os mais fervorosos filhos de Portel para fora do município e até para fora do Estado do Pará, em busca de condições de sobrevivência de suas famílias. O fato é tão desesperador que há um número assustador de casas à venda, fato só visto nos anos 90, quando um governo desastroso infligiu as mais duras penas aos munícipes portelenses.
20 motivos para votar no 20 |
OS 20 MOTIVOS PARA VOTAR NO 20
No momento atual, apoio a candidatura do 20 (representada na majoritária pelo Manoel Oliveira dos Santos e Dr. Evandro Santos - que não são parentes), vislumbro, dentre os 20 motivos para o eleitor votar no 20, os itens 5, 7, 13 e 14 (exatamente meus números de sorte). Estas são propostas que dizem O QUÊ, enquanto que o Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal diz O COMO. Portanto, as propostas estão conectadas e, dentre os deveres do vereador (segundo a Lei Orgânica Municipal, de 05 de abril de 1990) está o de propor ao Executivo. Portanto, essa é uma proposição estrutural, que é muito necessária, ou a coisa tende a ficar pior, sem, no entanto, prometer uma escada pro céu.
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