Será que as pessoas realmente acreditam que os planos são para serem realizados ou simplesmente para tentar iludir os desesperançosos eleitores?

Debate são essenciais na busca por soluções de problemas

Esta semana tem início à propaganda eleitoral na única emissora de rádio de Portel, a Arucará FM, dando um passo enorme na forma de divulgação dos nomes e propostas dos candidatos à Câmara de Vereadores e também ao cargo majoritário, donde também se esperam grandes ideias para salvar o combalido município de Portel. Será que as pessoas realmente acreditam que os planos são para serem realizados ou simplesmente para tentar iludir os desesperançosos eleitores?

Ouço constantemente nas ruas de Portel as pessoas, desde o analfabeto até aqueles com formação acadêmica elevada e de todas as idades, desacreditarem nas propostas do período eleitoral. Tais informações, no entanto, não estão apresentadas de forma científica, pois não se tem pesquisa neste campo do conhecimento no vastíssimo município de Portel. 

Por outro lado, também é possível, em menor número, ouvir os eleitores falarem sobre seus interesses nas propostas dos candidatos, soando mais como um desafio do que propriamente um critério que deve ser atribuído ao futuro ocupante de cargo público diretivo ou legislativo. Nesse sentido, já publiquei um post sobre critérios de um bom candidato. LEIA AQUI.

Com o advento de redes sociais como Facebook e também Whatsapp (só para citar as mais utilizadas em Portel), pude acompanhar debates não tão enriquecidos. Há sérios indícios de que a pobreza no debate seja atribuída à falta de leitura, embora o próprio processo de debate, de forma ainda embrionária, já seja um grande avanço, numa sociedade que até recentemente era proibida de falar em política e a juventude era avessa à participação política.

Penso que um bom plano seria aquele que nasce do debate com a sociedade, obtendo as propostas dos próprios cidadãos em reuniões de bairros, de comunidades dos quatro rios de Portel. Desta forma, alertando sobre a escassez de recursos, pode-se priorizar as questões mais contundentes e urgentes. Na sede do município, por exemplo, falta saneamento básico, pois cerca de 10% das ruas possuem rede de esgoto. No setor rural, faltam postos de saúde. Estes são apenas alguns exemplos, pois a questão do desemprego deve estar no topo da lista e, nesse caso, nem precisa de tanta pesquisa e conversa com a população, de tanto evidente o assunto. 

Diante da falta de emprego e geração de renda e suas consequências (violência, drogas, prostituição, etc), proponho um Plano de Desenvolvimento Econômico para o município de Portel, embora nenhum candidato da majoritária tenha tido a honra de apresentar esta medida tão urgente.

Por hora é só, caros leitores, fiquem na paz do Senhor, na esperança de ter atiçado o debate sadio e enriquecedor.