O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) requisitou do Instituto
de Colonização e Reforma Agrário (Incra) todos os procedimentos
relativos a terras quilombola em 32 municípios do Pará. O órgão federal
que examinar os motivos dos atrasos das demarcações das terras
quilombolas, que é sustentado pelo artigo 68 das Disposições
Transitórias da Constituição Federal de 1988.
O Incra é o responsável pelo reconhecimento do direito à terra de
centenas comunidades quilombolas em todo o país. Porém, a instituição
está demorando na conclusão dos processos de demarcação de terras na
região e por isso o MPF pediu que fossem encaminhados todos os
procedimentos completos, com a exposição das razões alegadas para a
demora e informar as providências tomadas em cada caso.
As investigações foram iniciadas em agosto com o objetivo de cobrar
mais celeridade na titulação. Os procedimentos que o MPF dedicará
atenção especial são dos municípios de
Abaetetuba
,
Acará
,
Bagre
,
Baião
,
Barcarena
,
Belém
,
Bonito
,
Bragança
,
Bujaru
,
Cachoeira do Arari
, Cachoeira do Piriá,
Cametá
,
Capitão Poço
,
Castanhal
,
Colares
,
Concórdia do Pará
,
Curralinho
,
Igarapé-Açu
,
Inhangapi
,
Mocajuba
,
Moju
,
Oeiras do Pará
,
Ponta de Pedras
,
Portel
,
Salvaterra
,
Santa Izabel do Pará
,
Santa Luzia do Pará
,
São Domingos do Capim
,
São Miguel do Guamá
,
Tomé-Açú
,
Tracuateua
e
Viseu
.
De acordo com o próprio Incra, as comunidades quilombolas são grupos
étnicos, predominantemente constituídos pela população negra rural ou
urbana, que se autodefinem a partir das relações específicas com a
terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e
práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o país existam mais
de três mil comunidades quilombolas.
Fonte: Jornal Floripa
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