Caros amigos,
A labuta do pobre é sempre sofrida, e também o é a do candidato que não dispõe de recursos financeiros. Agora o meu problema centra nessa questão, pois não a minha coligação não dispõe de advogados pra impedir a satisfação dos adversários e suas baixarias. É que amanhã vence o prazo para eu contestar o pedido de impugnação feito pelos supra sumos da pilantragem da política de Portel.
Imagina que a minha coligação, por ser do tostão, não dispõe de advogado, havendo recomendação para eu recorrer a advogado particular, segundo orientação recebida ontem à noite. O problema não é só meu. Além de mim, estão em maus lençóis outros candidatos, um que não constou da ata referente à convenção partidária e outro que constou dessa mesma minuta, porém não foi registrado. Ou o caso é de puro amadorismo ou o aprendizado dos feitos dos supra sumos da pilantragem da política está surtindo seus efeitos, pois mais vale um pingo de exemplo do que uma tonelada de conselhos.
Bom, enquanto seguem as consequências dos atos malévolos dos atuais mandantes do poder - que a população pretende expurgar no dia 2 de outubro -, é bom aproveitar pra alertar os eleitores sobre nocivas práticas da politicagem portelense, que coincidentemente é exercida nos demais municípios do Brasil: o consórcio da máfia de dos saques aos cofres públicos. Qualquer cidadão que aparentar sinais de honestidade, deve ser banido a qualquer custo. Vejamos, então, como estão as negociações das secretarias, dentro dessa perspectiva negativa.
1) Um grupo político teria vendido a SEMED por 300 mil reais. O grupo responsável arrecadaria esse valor em Belém e encarregaria um político portelense e este, por sua vez, passaria os poderes para sua amante na secretaria de educação. A irmã desse político seria a articuladora para vender pela bagatela de 300 mil reais uma secretaria com recursos superiores a 76 milhões de reais por ano. No passado, essa mulher foi responsável por diversas licitações que beneficiaram seu marido e cunhado.
2) A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também estaria sendo vendida por 300 mil reais, operação esta realizada por empresário do ramo de medicamentos da cidade de Portel, cujo valor seria obtido junto a fornecedores de produtos farmacêuticos em Belém. Assim seria mantida o controle da secretaria pelo mesmo grupo que hoje está aí sem dar conta do recado e, em troca, licitações fraudulentas seriam realizadas para beneficiar os investidores.
3) Outra secretaria que receberia oferta de 300 mil reais é a Secretaria de Infraestrutura, setor que emprega mais de 400 pessoas e disponibiliza de investimentos altíssimos. Ainda não fui informado quem seria o investidor dessa secretaria, ao contrário das duas (SEMED e SMS) cujos nomes já foram denunciados na segunda feira, concretizando as minhas inúmeras falas em praça pública quando das manifestações do sindicato da educação, do qual faço parte e a população ouviu por diversas vezes.
Ou seja, se alguém está sonhando em ser secretário, pode tirar o cavalinho da chuva, porque já tem "dono", assim como os cargos diretivos internos deste órgão e, igualmente, das direções das escolas do setor urbano e rural. Que que eu desenhe? Teremos, desta forma, a continuidade do massacre aos direitos dos trabalhadores da educação, atrasos em pagamentos porque a prioridade é o investidor e sua fome insaciável por mais e mais recursos.
Quanto ao pedido de impugnação, os vermes da politicagem estão festejando e querendo colocar na Câmara Municipal quem já passou por lá e deixou um rastro de maldade e falta de compromisso com os votos que recebeu à época, amparado por madeireiros e grileiros que mataram ribeirinhos no alto Pacajá, sendo que três desses pobres pais de família nunca tiveram seus assassinos postos diante de um júri popular, apenas para fazer justiça diante da perda de vidas, já que as terras ficaram com os bandidos e a família teve que sair para não perder também a vida.
Por hora é isso, meus amigos. Desejo um dia frutificante e abençoado, porque tudo tá favorável, mas não está fácil, por enquanto.
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